Introdução
"Maçãs Nunca Caem" é o mais recente romance da renomada autora Liane Moriarty, conhecida por suas histórias envolventes e personagens complexos. Neste livro, Moriarty nos apresenta a família Delaney, uma família abastada cuja matriarca desaparece misteriosamente. Com mais de 400 páginas, esta obra promete uma narrativa cheia de drama familiar e questões matrimoniais.
Sinopse
A família Delaney se ama profundamente, mas às vezes eles têm vontade de se matar... metaforicamente, é claro. Quando a mãe desaparece, os quatro filhos adultos se veem diante de um dilema: devem contar à polícia, mesmo que o principal suspeito seja o próprio pai? Os Delaney são figuras conhecidas em sua comunidade. Os pais, Stan e Joy, são invejados por seus amigos. Eles são imbatíveis nas quadras de tênis e, mesmo fora delas, a química entre eles é palpável. No entanto, após cinquenta anos de casamento, eles finalmente vendem sua famosa academia de tênis e estão prontos para aproveitar o que deveriam ser os anos dourados de suas vidas. Então, por que Stan e Joy estão tão infelizes?
Os quatro filhos dos Delaney - Amy, Logan, Troy e Brooke - também foram astros do tênis, mas, como o próprio pai afirma, nenhum deles tinha o necessário para chegar ao topo. Mas isso não importa, agora que todos são adultos bem-sucedidos e a perspectiva de netos está no horizonte.
Em uma noite, uma estranha chamada Savannah bate à porta de Stan e Joy, ferida após uma briga com o namorado. Os Delaney estão mais do que dispostos a oferecer a gentileza que ela tanto precisa. Se ao menos fosse só isso...
Mais tarde, quando Joy desaparece e Savannah não é encontrada em lugar algum, a polícia questiona a única pessoa que resta: Stan. Mas, para alguém que alega ser inocente, ele, como muitos cônjuges, parece ter muito a esconder. Dois dos filhos Delaney acreditam na inocência do pai, enquanto os outros dois não têm tanta certeza. À medida que os dois lados se enfrentam em talvez a maior batalha de suas vidas, todos os Delaney começarão a reexaminar a história familiar compartilhada sob uma nova luz.
Prologo
A bicicleta jazia caída no lado da estrada, debaixo de um carvalho cinzento, o guidão em um ângulo estranho, como se tivesse sido jogada com força e raiva.
Era sábado de manhã cedo, o quinto dia de uma onda de calor. Mais de quarenta incêndios florestais continuavam a queimar obstinadamente pelo estado. Seis cidades regionais tinham avisos de "evacuar agora", mas aqui, nos subúrbios de Sydney, o único perigo era para os asmáticos, que foram aconselhados a ficar em ambientes fechados. A névoa de fumaça que cobria a cidade era maliciosa, amarelo-acinzentada, tão espessa quanto uma névoa londrina.
As ruas vazias estavam silenciosas, exceto pelo rugido subterrâneo das cigarras. As pessoas dormiam após noites quentes e inquietas, enquanto os madrugadores bocejavam e deslizavam o polegar nas telas de seus telefones. A bicicleta abandonada era novinha em folha, anunciada como uma "bicicleta vintage feminina": verde-menta, sete marchas, com um selim de couro marrom e uma cesta branca de vime. O tipo de bicicleta que você deveria imaginar andando no ar fresco e fresco de uma vila montanhosa europeia, usando um suave boina em vez de um capacete de segurança, com uma baguete debaixo do braço.
Quatro maçãs verdes estavam espalhadas na grama seca debaixo da árvore, como se tivessem caído e rolado da cesta da bicicleta.
Uma família de moscas-varejeiras pretas estava posicionada em diferentes pontos dos raios prateados da bicicleta, tão imóveis que pareciam mortas.
O carro, um Holden Commodore V8, vibrava com o ritmo do rock dos anos 80 enquanto se aproximava do cruzamento, inapropriadamente rápido nesta vizinhança familiar.
As luzes de freio piscaram, e o carro deu ré com um chiado de pneus até estacionar ao lado da bicicleta. A música parou. O motorista saiu, fumando um cigarro. Era magro, descalço e sem camisa, usando apenas shorts de futebol azuis. Ele deixou a porta do motorista aberta e andou com graça balletica, praticada, pelo asfalto já quente e pela grama, onde se agachou para examinar a bicicleta. Ele acariciou o pneu dianteiro furado da bicicleta como se fosse o membro de um animal ferido. As moscas zumbiam, de repente vivas e preocupadas.
Conclusão
"Maçãs Nunca Caem" é mais uma prova do talento de Liane Moriarty em retratar pessoas complexas e cheias de nuances. Neste romance, ela mergulha no universo da família Delaney, revelando segredos, conflitos e a verdade por trás de um desaparecimento misterioso. Com sua habilidade em transformar experiências cotidianas em momentos de calor, humor e compaixão, Moriarty nos presenteia com uma narrativa envolvente e emocionante. Se você é fã de seus livros anteriores, com certeza irá se apaixonar por "Maçãs Nunca Caem".